Minha filha tem quase três anos e começou uma nova fase, a qual chamo “Mamãe, estou com medo”. Ela agora, por exemplo, tem medo de cachorros, até mesmo do nosso, que é muito manso. E ela faz perguntas do tipo: “Os cachorros têm dentes afiados? Eles comem meninas da minha idade?” Até mesmo um latido distante é suficiente para fazê-la entrar em casa correndo. Procuramos lhe transmitir segurança, mas parece que não estamos obtendo o resultado desejado. Como posso ajudar minha filha a superar seus temores?
Em qualquer idade, o medo pode ser um problema sério, mas deve ser enfrentado com cuidados especiais quando atinge crianças menores, cujos referenciais e capacidade de raciocinar são de tal forma limitados que elas não conseguem distinguir os temores racionais dos irracionais. Os pais devem orar, ser pacientes, compreensivos e sábios para saberem como ajudar seus filhos a lidar com o medo. É bom lembrar que alguns receios são normais, racionais e saudáveis. Medo de ruídos altos e de altura podem ser inatos. Outros temores racionais são fruto da experiência. Uma criança picada por uma abelha está propensa a temer esse inseto. Existem também os medos que advêm das advertências dos pais, tais como os relacionados a fogões, facas afiadas e veículos em movimento. Por outro lado, há também temores irracionais sem nenhuma base no mundo físico, como o medo de monstros imaginários. Muitos medos infantis se encontram entre o racional e o irracional, e costumam estar vinculados a fases específicas do desenvolvimento mental e emocional, e surgem com as novas experiências adquiridas pela criança e nos processos de estruturação do pensamento e exercício da imaginação. É importante não subestimar os medos infantis, pois além de não as deixar menos medrosas, é constrangedor e diminui seu valor próprio. Fazer com que pensem que é errado ou que são “maus meninos” quando têm medo, como se fosse uma decisão voluntária, só vai agravar o problema. O primeiro passo para ajudar as crianças a superar seus temores é levar a questão a Jesus pela oração. Peça-lhe para encher seu filho com a luz da fé para vencer as trevas do medo. Também faça uma oração positiva com a criança, dando destaque ao cuidado fiel e amoroso de Deus. Porque cada criança e cada situação difere das demais, é bom pedir a Jesus para lhe mostrar especificamente o que fazer para ajudar seu filho a superar o temor. Ele pode lhe revelar a causa do problema, a melhor solução e como apresentá-la à criança. Ele poderá lhe dizer, por exemplo, para contar ao seu filho algo que aconteceu a você na infância, ou o orientará a ler para ele uma história sobre alguém que superou um temor similar. Ele provavelmente também lhe lembrará que não deve esperar resultados imediatos. Ajudar uma criança a perder seus temores irracionais demora, mas o amor e a oração nunca falham. © Revista Contato. Usado com permissão.
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Misty Kay
Meus dois filhos, Chalsey e Davin, nove e dez anos, vieram choramingando de novo. — Mãe, a Chalsey está pegando todos os meus Legos! — Davin sempre pega as melhores peças! Enquanto isso, Kristy, de cinco anos, veio chorando: — Não é justo! Quero fazer um avião, mas eles não deixam. A tarde inteira tinha sido daquele jeito. Era uma coisa depois da outra. Por mais brinquedos que tivessem, não conseguiam se divertir. Algo estava faltando. Fiz uma rápida oração pedindo uma ilustração de algo que nos ajudasse a entender o problema. — Quem gosta de panqueca pura, sem creme? — perguntei. As crianças pararam, surpresas com a repentina mudança de assunto. — Quem gosta de panqueca pura, sem nada, do tipo que entala na garganta? — Eu é que não! — responderam em uníssono. — Entendi. Então quando vocês me pediram panquecas ontem, não queriam panquecas secas, sem nada. Vocês queriam panquecas com creme. Foi o que servira no café especial no Dia dos Pais: panquecas quentes com creme de chocolate. Derretia na boca. Estava uma delícia! — E quando dizem que querem brincar, não querem brinquedos sem graça, como panquecas sem creme, certo? A panqueca ficou especial por causa do creme. A amizade entre vocês é como o creme: sem ela a brincadeira não tem graça. Mesmo se tivessem todas as peças que quisessem, o jogo não teria graça. Não seria divertido. O legal é poder brincar juntos. Aí sim vão se divertir. Vocês precisam de ‘panquecas com creme’.” As crianças entenderam a ilustração perfeitamente e decidiram brincar juntas. Funcionou como mágica. Por causa do mau tempo, ficamos confinados em casa pelos próximos dias, mas ninguém parecia se incomodar. As crianças brincaram com todos os brinquedos e jogaram com todos os jogos que tinham em casa. E toda vez que os ânimos se inflamavam, eu lhes dizia: “As panquecas estão precisando de creme.” Dias mais tarde, pensando nessas coisas, percebi que a lição não era apenas para meus filhos. Às vezes, trabalho tanto para atingir as metas que estabeleço para mim mesma e vejo tudo o mais como se fosse uma distração indesejável: “Preciso fazer isto... Tenho de terminar aquilo…” Quero trabalhar pura e simplesmente sem parar, e depois fico sem entender por que meu trabalho parece tão sem graça e desagradável. Quantas vezes tentamos comer nossas panquecas secas! Damos tanta importância às coisas que esquecemos que as panquecas são muito mais gostosas com um creminho. Não podemos deixar nosso trabalho ou nossas diversões roubarem o lugar das amizades que preenchem nossas vidas. Por isso, se achar que seu dia anda muito atarefado e cheio de preocupações, estresse e só trabalho, trabalho e mais trabalho, se sentir que perdeu o brilho e achar a vida um tanto seca e sem graça, talvez só precise de uma boa colherada de “creme” doce e fresco, para trazer alegria para o seu dia. © Revista Contato. Usado com permissão. Michael G. Conner, Doutor em Psicologia, The Family News As crianças não só aprendem com o que fazem, mas também com o que vêem seus pais fazendo. É importante os pais entenderem isso, porque muitos deles têm altercações e conflitos na frente dos filhos. Considere o que vou dizer antes de discordar, argumentar ou começar uma discussão na frente dos seus filhos. Os vínculos emocionais entre pais e filhos fazem estes últimos reconhecer e adotar os valores, atitudes e comportamento dos pais. As crianças confiam, imitam e atentam nas pessoas com quem se relacionam de maneira mais íntima. Mas elas, ao contrário dos adultos, tendem a absorver a perspectiva dos pais diretamente, mesmo que com uma certa hesitação e sem experiência. O impacto psicológico de uma discussão entre os pais pode gerar incerteza, instabilidade emocional, comportamento imprevisível e hiperatividade nos filhos. Apesar de muitas crianças não serem afetadas por pequenas divergências, algumas são mais sensíveis e propensas a agir segundo seus pensamentos confusos. Como as crianças lidam com pontos de vista conflitantes entre os pais? A resposta é: “Elas não sabem lidar com isso direito.” O impacto das divergências e conflitos variam à medida que as crianças ficam mais velhas. Mas muitos pais não percebem que se os filhos os vêem discutindo e tendo divergências, vão começar a ignorar o que os pais desejam, seus valores e atitudes. A tendência delas é pensar, “Se os meus pais não concordam, acho que posso acreditar e fazer o que eu bem entender.” Quando os pais discutem na frente dos filhos, ambos perdem credibilidade. A conseqüência mais frustrante das divergências e conflitos entre os pais é que os filhos imitam a sua conduta. E não só isso, mas se tornam cada vez mais competitivos. Eles tentam ir além dos pais, aprendem a se expressar no mesmo tom de voz, volume e freqüência; o que explica por que tantas crianças acabam agindo exatamente como o pai ou mãe com quem têm dificuldades de relacionamento. Uma causa [principal] dos conflitos e divergências é o fato dos pais não discutirem como vão tratar os filhos antes de surgir a necessidade. Pouquíssimos pais conversam sobre como lidar com problemas — só quando se vêem diante de um problema. Uma abordagem pró-ativa ao trabalho de criar os filhos é muito mais eficaz do que reagir aos problemas impulsivamente. — Os pais não devem discutir questões relacionadas ao criar seus filhos na frente deles sem antes conversarem e já resolverem tudo isso em particular. Evitem expressar diante de uma criança que não concorda com a postura ou comentários de seu cônjuge. — Determinem uma abordagem que ambos vão apoiar. Não ajuda se concordam nisso para evitar uma discussão, mas depois um não apóia o outro. — Decidam o que vão esperar das crianças antes de elas levantarem questões que poderiam resultar em divergência ou conflito entre os pais. William e Martha Heineman Pieper, Ph.D., reimpressão da web Todos os casais de vez em quando ficam bravos um com o outro na frente de seus filhos menores. Mas se você conseguir manter um ambiente razoavelmente agradável até poderem estar a sós, vão poupar seu filho de ter que lidar com complexidades de relacionamento para as quais ele ainda não tem maturidade. No entanto, se, apesar das suas boas intenções, começarem a discutir na frente do seu filho, parem a atitude hostil o mais rápido possível e tranqüilizem a criança dizendo, “Por favor, nos perdoe se o chateamos. Sabemos que você não gosta de nos ver brigar. Mamãe e papai se amam, mesmo quando brigam, e nós dois amamos você o tempo todo!” Existe uma noção popular, porém errônea que as coisas “desagradáveis da vida” fortalecem o caráter da criança e do jovem. Na realidade, a imaturidade das crianças as impede de se defenderem da dor emocional que sentem quando as coisas dão errado. Portanto, discussões entre os pais e outros acontecimentos dolorosos deixam as crianças mais — e não menos — vulneráveis ao estresse. Por outro lado, se no geral você protege o seu filho de experiências desagradáveis, principalmente da dor de presenciar uma briga entre os pais, com o tempo ele vai aprender a desenvolver uma atitude otimista em relação ao seu mundo e à sua capacidade de ter a harmonia e o amor que deseja e necessita. À medida que ficar mais velho essa visão lhe dará forças e flexibilidade para reagir de maneira eficaz aos desafios do cotidiano. Portanto, a próxima vez que forem ficar bravos na frente de um dos seus filhos, lembrem-se que aquilo que vocês consideram uma altercação normal, para ele é uma explosão nuclear, então contenham-se até estarem em particular. Vai ser mais fácil se perceberem que dessa maneira estarão cuidando do bemestar emocional do seu filho tanto quanto cuidam da sua saúde física ao mantê-lo longe da rua e do fogão. “Seja pronto para ouvir, porém deve demorar para falar e para ficar bravo.” * Logo desde o princípio, procure estimular um ambiente de comunicação sincera e aberta com os seus filhos. Encorage cada criança a se sentir livre de contar a você o que tem no seu coração. é claro que é muito importante evitar reagir de uma maneira crítica, condenadora ou com ares de superioridade quando uma criança está contando como se sente, confessando um erro ou contando um medo que tem, etc. Se você tiver uma reação tão negativa assim, provavelmente da próxima vez o seu filho vai pensar duas vezes antes de contar algo a você. "Ocasiões especiais" de conversas francas, combinadas com montes de abraços amorosos, asseguram grandemente as crianças de que nós as amamos e nos interessamos genuinamente por elas, pois nos esforçamos por escutá-las atentamente e compreendê-las! O seu filho nunca esquecerá essas ocasiões especiais com você. Na maioria dos casos, foram momentos assim que nós mais valorizamos quando éramos crianças, quando os nossos pais investiam o seu amor na forma de tempo passado pessoalmente conosco e atenção que nos dedicaram, simplesmente falando de coisas juntos. É claro que antes de podermos esperar que os nossos filhos sejam sinceros conosco, nós precisamos de ser sinceros com eles. Uma coisa que encoraja muito as crianças é saber que os seus pais não são totalmente perfeitos. (Além disso, você pode ter certeza que eles já repararam nisso!) Quando você admite honestamente os seus erros e fraquezas, está dando-lhes um bom exemplo do que é a sinceridade e a humildade, e os seus filhos amarão você muito mais por isso! Como acontece em qualquer tipo de comunicação sincera, é muito essencial enfatizar a importância de ser um bom ouvinte para a pessoa que está falando. Um pai ou uma mãe que sabe escutar não está ocupado lendo o jornal ou fazendo uma xícara de chá enquanto o filho ou a filha está abrindo o seu coração, contando-lhe que perdeu o seu melhor amigo, ou falando-lhe dos seus medos e preocupações mais profundos. Um dos maiores presentes que nós, pais, podemos dar aos nossos filhos é o nosso sincero interesse por eles e pelos seus problemas o qual se manifesta quando lhes damos a nossa atenção completa e quando os escutamos sem interrupções sempre que possível. O fato de você simplesmente escutar, diz ao seu filho: "Eu quero entender e ajudar você. Eu acho que vale a pena escutar você e quero que você saiba que eu tenho fé em você. Você pode sempre vir falar comigo porque eu te amo." * Faça perguntas. (As crianças não deveriam ser as únicas a fazer perguntas!) Quando estiver genuinamente comunicando com crianças, ou com qualquer outra pessoa, fazer perguntas ajuda-as a abrir-se e mostra que você se preocupa e interessa por eles. Devemos fazer com que sejam eles a falar. E quando eles fizerem as perguntas a você, tenha cuidado para não começar a filosofar ou fingir que você é algo que não é. Mantenha-se simples! E não ofereça nenhum conselho que na prática você próprio não queira aplicar. * Aprenda a apresentar os seus conselhos ou respostas de maneiras que sejam fáceis deles aceitarem. Faça com que seja "fácil eles serem bons", ao permitir que eles pensem que pelo menos em parte também é idéia deles. Por exemplo: "Eu gosto da sua observação sobre precisar de mudar as coisas um pouquinho. Vamos experimentar a sua idéia!"; ou então: "O que você acha de experimentarmos esta idéia?", ou ainda: "Você não descobriu que assim funciona melhor?" * Quando algo corre mal, é importante não julgar o assunto prematuramente. Cada história tem pelo menos dois lados, e ajuda muito ouvir todos os lados da boca daqueles que estão envolvidos no assunto. A maioria de nós tem feito o grande erro de julgar as coisas rápido demais ou de agir com impulsividade, o que resulta na criança ser acusada injustamente ou ficar profundamente magoda. Uma mãe ouve algo quebrando no quarto e corre para encontrar a sua filha banhada em lágrimas ao lado de uma jarra despedaçada no chão. Bater imediatamente na criança sem explicação acrescenta o insulto à injúria, quando se meramente perguntasse primeiro o que aconteceu, a criança poderia explicar que estava tentando evitar que o gato subisse na mesa, tentando enxotá-lo, quando o gato deu um encontrão no vaso e o derrubou, e não ela! Nós deveríamos perdoar aos nossos filhos e ser justos e misericordiosos para com eles, tanto quanto possível. Mas se continuamente os julgarmos tão ríspida e impulsivamente, eles poderão facilmente perder a confiança em nós, e acabar por ficar com medo de nos contar ou confessar coisas de que são realmente culpados e em que precisam de ajuda! Extraído dos escritos de D.B. Berg. © A Família Internacional. Usado com permissão.
Héctor Medina Meu avô costumava dizer: “Se quiser crianças bem comportadas, tem de criá-las usando as duas mãos: a direita, é a do amor; a esquerda, da disciplina.” Essa máxima tem sido a base do meu relacionamento com meus alunos nos meus 25 anos de magistério. É possível que você já tenha ouvido a analogia que assemelha os jovens às plantinhas. Elas precisam de água e sol, mas também de fertilizantes, podas, proteção contra doenças e devem ser transplantadas para vasos maiores, dentre outras coisas. Tudo isso exige a dedicação do jardineiro e pode, às vezes, surpreender as plantas. No caso dos jovens, isso significa dar-lhes primeiro e acima de tudo carinho, sem esquecer os outros elementos necessários à formação do caráter, como, por exemplo, oferecer um ambiente propício ao seu desenvolvimento social, emocional e espiritual, estabelecer limites, ensinar-lhes responsabilidade pelas suas ações e, se preciso, permitir que sofram as conseqüências de suas decisões erradas, para aprenderem com elas. Esses aspectos mais difíceis do trabalho dos pais e educadores são também aqueles que os adolescentes têm mais dificuldade de aceitar, especialmente no início, mas devemos essas coisas tanto a eles quanto a Deus, a quem, em última análise, prestaremos contas de nossas vidas. Fala-se muito hoje em dia sobre adolescentes problemáticos e do impacto exponencial que têm na sociedade por causa da influência que exercem nos colegas, nas crianças mais jovens e, mais tarde, nos seus próprios filhos. E aí surgem algumas perguntas que não querem calar: “Como chegamos a esse ponto?” “Como mudar essa situação?” “Ainda podemos tomar um rumo melhor, mais segundo os padrões de Deus, ou será tarde demais?” Acredito que haja esperança, com a ajuda de Deus, porque para Ele, tudo é possível (Mateus 19:26). Mas Ele não pode nem quer fazer tudo sozinho. Ele precisa que nós, pais, professores e outros adultos, demos aos nossos jovens a orientação e o exemplo que eles precisam. Nossa parte é fazer frente às tendências de passividade, permissividade e de falta geral de padrões morais que, infelizmente, têm predominado entre pais e educadores de hoje. Mas se cada um de nós fizer o que lhe for possível, Deus fará o que estiver fora do nosso alcance. Ele causará as mudanças interiores que nossos filhos precisam para ajudá-los a querer fazer a parte deles, a escolher as coisas certas com a motivação certa. Com o tempo, eles próprios podem se tornar agentes de mudanças positivas, mas tudo começa com os adultos. Precisamos segurar as rédeas firme e com as duas mãos. Extraído da revista Contato. Usado com permissão.
Kathleen Julicher, tirado do The Home Educator’s Family Times Crianças dotadas normalmente têm um nível alto de energia e pais atribulados. Você tem um filho dotado e ativo? Essa criança é normal? O que pode fazer? Vamos discutir as respostas a esta pergunta e algumas técnicas que pode usar com uma criança inteligente e ativa, coisas que podem fazer toda a diferença em o escola e em casa. Como é a criança com um alto nível de energia? Ela pode seguir um padrão de comportamento semelhante a uma criança com síndrome de deficiência de atenção (ADD) ou uma criança hiperativa (ADHD). Uma criança pode passar várias horas trabalhando em um projeto sem parar. E outra talvez tenha que estar “por dentro” de tudo que acontece ao seu redor. Normalmente, é ainda na primeira infáncia que os pais notam o problema. O bebê talvez “nunca” queira dormir, ou somente por períodos curtos. Os pequeninos talvez sejam do tipo que seguem suas mães pelos quatro cantos, o que pode ser uma distração. Quando mais velha, ela pode querer sempre receber atenção, ser “entretida” ou estar investigando algo. Essas são crianças dotadas normais e simplesmente têm um alto nível de energia. Deve-se ensiná-las a aproveitar essa energia em algo construtivo. Assim lhes darão um dom. A criança dotada pode parecer e ser como uma criança com ADD/ADHD. Especialistas nos dizem que as crianças super dotadas são erroneamente diagnosticadas como portadoras de ADD ou ADHD por causa da característica do alto nível de energia. Os médicos dão a algumas remédios para compensar uma condição que não existe; outras são colocadas em uma classe especial designada para crianças problemáticas. Mesmo assim, qualquer criança com energia má direcionada é um problema. Uma professora pode ver uma criança dotada e ativa, comparar com as crianças de sua experiência, e decidir que o problema está no nível de energia, e não por ela ser dotada; com a criança e não a rotina acadêmica. Usar o padrão curricular designado para uma criança normal em uma sala de aula normal pode causar problemas. E sobre a energia? Nós devemos ser capazes de direcionar esta energia para acompanhar o ritmo, para que a criança realmente aprenda algo, e assim, não fique sempre se metendo em encrencas. Todas essas coisas podem ser aplicadas a uma criança de três anos, mas como toda mãe de um adolescente dotado sabe, também serve para as crianças mais velhas. Aqui vão algumas maneiras de direcionar a energia: • Envolver a criança num processo de aprendizado. Se não sabe no que ela está interessada, pergunte. Se ela estiver interessada em equipamentos eletrónicos (e você não souber nada sobre o assunto)? Deixe-a explorar o campo e contar para você. Torne-se um facilitador. • Atividade física é muito importante para nossos jovens. Proporciona um escape para o excesso de energia. Dizer de repente: “Pule e faça 25 polichinelo” ou, “Faça 25 flexões curtas.” Um intervalo curto como este é bom para retomar sua concentração. • Para crianças ativas de reação emocional intensa, tente uma boa e calma música de fundo. Ensine-as a tocar um instrumento, dê-lhes tempo para brincar com ele sem tocar. • Não se esqueça das velhas regras de controle dos alimentos (evite açúcares, corantes, preservantes, alergias, etc.) reforçando regras da casa (não ponha os pés em cima dos móveis, etc.) E a criança distraída que tem energia mas mesmo assim não faz seu trabalho? Muitas crianças dotadas são muito atentas ao mundo à sua volta. Uma criança dotada pode ser extra sensível; ou seja, seus sentidos podem ser mais aguçados do que o normal. Eis algumas técnicas para manter a criança na linha e concentrada. • Remova tudo da mesa exceto aquilo no qual ela está trabalhando. • Use um relógio de cozinha para lhe dar a consciência de tempo. • Não use a cama para trabalho de casa. • Separe as tarefas em sub-tarefas fáceis de manejar. • Use uma lista de tarefas • Dê-lhe um tempo para brincadeiras usando a imaginação, mas não durante a hora de estudar. Uma criança dotada talvez tenha um nível de energia elevado, o que pode causar um problema no escola eo casa. Essas técnicas podem ajudar seu filho ativo. Lembre-se que energia é bom, e mais energia é melhor, e como outros dons, é um dom de Deus. Os pais ao longo das eras sempre tiveram algo em comum: um grande amor e interesse pelos filhos. Querem vê-los aprender, crescer e ser bem cuidados. Desejam que sejam saudáveis, felizes e bem-sucedidos. Mas, mesmo assim, é comum os problemas da vida bloquearem o caminho ou dificultarem sobremaneira a tarefa dos pais.
Muitos pais tiveram que aprender a lidar com mil e um tipos de dificuldades, dentro e fora de casa: desde perdas devastadoras e adversidades, ao fim de seus casamentos. Tiveram que encontrar soluções para cada novo problema, sobreviver e ajudar seus filhos a fazerem o mesmo. Com freqüência em suas horas de maior necessidade, quando as coisas pareciam totalmente impossíveis, sem solução ou saída, muitos buscaram ajuda dos céus. Pediram a Deus pelas respostas que precisavam e não ficaram desapontados. Lá estava Ele, sempre pronto, com Seus amorosos braços estendidos. Sendo o “pai no Céu” que é, abraçou-os, vigiando e protegendo, sempre disponível para atender e ajudar. Nesta época difícil em que vivemos, Ele continua lá, ainda esperando. Muitos pais estão descobrindo que também podem levar suas perguntas mais difíceis diretamente a Deus. Podem apelar ao céu pelas respostas, e encontrar as soluções agora mesmo. Talvez pareça exagero para alguns (para outros, quase ridículo), mas coisas impressionantes estão acontecendo! As pessoas estão recorrendo a Deus e descobrindo que Ele está por perto e sempre pronto para responder às nossas perguntas, pois tem um grande amor por nós e quer nos ver felizes. Assim sendo, se sentir que está no escuro, sobrecarregado e que ninguém na Terra parece ter as respostas, não desista. Ainda há esperança! Você também pode obter as soluções para os seus problemas diretamente dos átrios do Céu. A ajuda existe, está disponível e acessível, agora mesmo. Denis Donovan, médico, Centro Infantil para Desenvolvimento Psiquiátrico
Está cansado de tentar fazer seus filhos se comportarem? Talvez o problema seja uma simples falha na comunicação. • Não use uma pergunta quando deveria dar uma ordem. Pais muitas vezes fazem perguntas aos filhos, quando deveriam dizer-lhes o que fazer. • Não faça uma pergunta “não objetiva”—uma pergunta que não reflita o que você quer que a criança faça. Exemplo: Uma mulher que quer que o filho pare de empurrar caixas de um lado para o outro numa loja de brinquedos, pergunta: “Você quer levar uma surra?” A criança continua fazendo o mesmo. Mais alto, ela diz: “O que é que eu acabei de dizer?” A criança continua não reagindo. A criança não está relacionando a pergunta dela com as ações dele. Ela deveria dizer claramente o que quer que ele faça: “Pare de empurrar essas caixas, por favor.” • Não faça perguntas negativas que convidem a criança a dar respostas negativas. Exemplo: Se perguntar ao seu filho: “Você não pode limpar o seu quarto?” é provável que ele ou ela responda com um simples “Não.” Ou talvez ele pense: “Posso. Mas não quero.” Mais uma vez, diga simplesmente: “Faça o favor de limpar o seu quarto.” • Não termine as frases com “está bem?” ou “tudo bem?” quando os pais dizem isso, estão querendo saber se a criança os ouviu. “Calce as botas, está bem?” ... “Vamos sair em breve, está bem?” Mas a criança pensa que você está pedindo a sua permissão. Diga simplesmente o que você quer que a criança faça: “Faça o favor de calçar as botas.” • Não fale usando “nós”. Quando você usa nós, está tomando responsabilidade pelo comportamento que está querendo que mude. Quando a criança ouve nós, acha que não lhe está sendo exigido que aja. Por exemplo: “Daqui para a frente nós vamos melhorar no nosso dever de casa.” “Vamos pôr o lixo pra fora?” Use “você” quando quiser que o seu filho assuma responsabilidade. • Descreva exatamente o que está incomodando você, para que o seu filho assuma responsabilidade. Exemplos: Em vez de dizer: “foi um dia horrível”, diga “você comportou-se mal o dia todo.” Em vez de dizer, “Foi uma das experiências mais horríveis que já tive”, diga “Quando você faltou ao respeito à sua professora durante a reunião de pais e professores, eu fiquei muito envergonhada.” Existe um provérbio chinês que diz, “Dê um peixe e alimentará a pessoa por um dia. Ensine-a a pescar e lhe dará alimento para a vida toda.” Podemos aplicá-lo à questão de ensinarmos nossos jovens a resolverem problemas. No início talvez seja preciso investir tempo para ensinar estes princípios de resolução de problemas aos seus filhos, mas conte com dividendos de longo prazo à medida que eles aprenderem a resolver problemas e a tomarem decisões sensatas. Os pais muitas vezes ficam admirados quando descobrem que seus filhos são bem capazes e estão aptos a resolver seus problemas do seu jeitinho. Todas as crianças, inevitavelmente, vão se deparar com todo tipo de problemas em suas vidas, pois faz parte do seu desenvolvimento. Quando enfrentarem esses desafios, aprenderão a resolver problemas, algo essencial para serem bem-sucedidas na vida. As crianças têm um potencial incrível e inexplorado para encontrarem boas soluções. É sábio investir tempo para ajudarem seus filhos a desenvolverem essa capacidade. Vale a pena ensinar as crianças a resolverem problemas enquanto ainda são pequenas, porque lhes será muito útil no futuro. Contudo, os pais tendem a querer retificar o problema rapidamente ou providenciar logo uma solução. Mas se tentar resolver todos os problemas do seu filho, vai tolher a capacidade dele de resolvê-los sozinho. Não tente resolver o problema a menos que seja absolutamente necessário. Em vez disso, ajude a criança a encontrar a solução. Isso mostra que você tem fé de que ela pode aprender a resolver os problemas de maneira construtiva. No princípio vai ter que acompanhar seu filho passo a passo nesse processo. Talvez leve muito mais tempo do que se você simplesmente resolvesse para ele ou lhe desse a resposta. Mas quando resolve os problemas do seu filho, roubalhe uma oportunidade de aprender. Por mais lento que seja o processo de aprendizado, faz parte do desenvolvimento da criança. A pequena Sara pegou a boneca da amiga emprestada para brincar, mas rasgou o vestido da boneca. “Mamãe, rasguei o vestido da boneca!” lamentou-se. “Não se preocupe, Sara, posso costurá-lo hoje à noite e depois você pode devolver a boneca para Melissa.” A mãe resolveu o problema e Sara ficou feliz. Mas o que é que Sara aprendeu com essa situação? “Quando tiver um problema, vou para a mamãe. Ela resolve.” Então, quando acontecer algo novamente, ela vai correr imediatamente para a mãe, para ela resolver. No caso do vestido rasgado, vejamos como isso poderia ter-se tornado uma oportunidade de aprendizado: “Mamãe, rasguei o vestido da boneca!” “Puxa. Que rasgo! O que você acha que poderíamos fazer?” “Hum, não sei. Pedir desculpas à Melissa?” “É, seria bom fazer isso. Mas como você acha que ela se sentiria se você devolvesse a boneca com o vestido rasgado?” “Acho que ela ia ficar triste.” “Será que podemos fazer alguma coisa para evitar isso?” “Dá para costurar?” “Ótima idéia! Que tal nós duas costurarmos o vestido da boneca hoje à noite?” “Tá bom!” A mãe ensinou Sara a encontrar uma solução para o problema. Ao ajudá-la a costurar o vestido da boneca, Sara estará participando da solução. Da próxima vez que Sara se deparar com um problema, ela provavelmente vai procurar a ajuda da mãe, mas estará ciente de que é possível encontrar uma solução, e entenderá que pode e deve participar da solução. À medida que Sara for praticando este método de resolver problemas, vai aprender a encontrar as soluções sozinha, e terá conquistado uma habilidade valiosa para o resto da vida. Nem todos os problemas da vida são fáceis de resolver, e você vai ter que passar isso para as crianças à medida que elas enfrentarem desafios maiores. Mas os passos que der no dia-a-dia para incentivá-las nesse sentido vai lhes oferecer mais recursos para lidarem com os problemas mais difíceis da vida quando crescerem. Ensine os seus filhos a assumirem a responsabilidade de encontrarem soluções para os seus problemas. Fazendo isso, estará ensinando-lhes algo muito valioso e que os ajudará a vida inteira. © A Família Internacional. Usado com permissão. |
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